Aos meu queridos leitores.

Aos meus queridos leitores,



Agradeço á todos pelo carinho, pelas palavras de incentivo, as críticas construtivas que me ajudam muito, muito mesmo.


espero que todos continuem visitando o Palhaço sem Cores, e que algo de belo, de intenso possa ser transmitido a todos vocês, seguidores e não seguidores.
Cheiros nos Corações!


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Da Janela

Não falo da tristeza, canto minha saudade
Sobreponho em minha escrita os dizeres
De vozes que permanecem em silêncio.
Canto minh´alma
Como um soneto em valsa triste(melancôlica)
Da vez de quem ama, mas não pula a janela
Para seguir sua felicidade.
Não falo a dor de u tiro que feri a carne,
Conto as dores de mágoas que se formam
E deixam maravilhas para trás...
Beijo quem eu vejo, como em um gesto impensável
De carinho
Assim vou deixando marcas para trás,
E ainda que eu acorde de um sonho futurista (em que habito)
Um dia verei a a vida como realmene ela é,
Sem palco, sem incenações, no vivo á cores
Ao pular de minhas janelas.

-Shirlena Ferreira

domingo, 6 de dezembro de 2009




"Sou o que vim fazer. E tudo o que faço,
com emoção..."

- Shirlena ferreira 

Carta para meu Amor



Vejo em tuas lágrimas a imensidão
De meu amor...
Por que está em meu peito o real sentido de nós ainda estarmos juntos
Por que eu te amo, e não quero que se perca no mundo que nos cerca

Choraste em meu colo, 
E deslumbrei em tuas lágrimas o mais sensível e real 
Amor que eu sinto
Mostrasse á mim a tua verdadeira face
 Não doeu! só nos fez crescer e apreciar o que é amar...


E agora, estamos em mais pura sintonia com os astros,
Tu, a beijar-me, e a dizer que sou teu porto seguro
Eu, á sorrir, depois de ter chorado sem o teu colo.


E te olho feito meu cristal
Puro e delicado, que mal cabe em minhas mãos...
 Sinto-me feliz,
Sim! feliz!
Por ter estado á teu lado no momento em que a solidão te oprimiu
E a pressão do teu próprio espaço te dominou...


Sei que penssaste que mais uma vez estaria só,
Em seu mundinho abstrato e surreal,E assim cheguei á te escultar,e a mostra-lhe que as ilusões e decepcões da vida
Correm em nossas mãos, e somos o controle desses aparelhos
Que nos causão tantas  tristezas e angustias. mas nos fazem crescer diante das quedas que se vão...


Mas só hoje, depois de todos esses dias, meses tempos, que estamos á passar juntos
Só hoje pude sentir que realmente és meu, e eu sou tua.

Simplesmente 

-Shirlena Ferreira

sábado, 5 de dezembro de 2009

Dezembro

É chegada á hora do fim de tudo
em que o clima chuuvoso e melancólico
habita em nosso conssolo
é chegada á hora
em que as crianças almejam presentes
e os adultos espalham lembranças das manhãs de trabalho, 
ou de nada apenas
é chagada á hora 
de ainda tentar recuperar o plano de vida
e tê-los em mão como quem segura uma pedra preciosa.
é chegada á hora
 de mergulhar no eu mais profundo
que existira e começar-lhe uma nova morada
é chegada á hora
de olhar para o que já foi vivido e perceber os erros
olhar para si e enxergar as vitórias
é chegada á hora das despedidas de bons momentos que não voltára
mais...
é chegada á hora de ceiar
soltar fogos,
envelhecer, e recomeçar tudo de novo
pois a vida é plana 
e a estrada ainda continua...
é chegada á hora!


-Shirlena Ferreira

fantoche




Ser uma boneca guardada em teu coração
é um meio sem fim de mostrar-lhe
minha emoção
em ser guiada por suas mãos
o que me faz ser tua
te amando entre ruas
sem qualquer desculpas
ou qualquer direção
te amo sem medo
de mostrar-lhe meu desejo
e me acabar ao chão
te espero de um jeito
que não importa defeitos
por que meu amor é grande
e supri á todo instante
o que tu não queiras dá
te venero de uma forma que me diz a qualquer hora
o que eu preciso escultar
não me entulhe no seu esquecimento
me deixe á todo momento
em teu colo quero estár.

-Shirlena Ferreira

Cigarro



A solidão é meu cigarro
Não sei de nada e não sou de ninguém
Eu entro no meu carro e corro
Corro demais só pra te ver meu bem
Um vinho, um travo amargo e morro
Eu sigo só porque é o que me convém
Minha canção é meu socorro
Se o mar virar sertão, o que é que tem?
Dias vão, dias vem, uns em vão, outros nem...
Quem saberá a cura do meu coração senão eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu
O amor é pedra no abismo
A meio passo entre o mal e o bem
Com meus botões a noite cismo
Pra que os trilhos, se não passa o trem?
Os mortos sabem mais que os vivos
Sabem o gosto que a morte tem
Pra rir tem todos os motivos
Os seus segredos vão contar a quem?
Dias vão, dias vem, uns em vão, outros nem
Quem saberá a cura do meu coração senão eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu.

-Zeca Baleiro

chegas

Teus olhos brilhantes
Me dizem num instante
O que eu não quero escultar
Em palavras silênciadas
Na sua boca
Oh! minha amada
´É para isso que venho á ti amar
Numa gota de orvalho, em um
Suspiro em cada olhar
Chegas me rondando
Feito borboletas á se acasalar
Em um ríspido baler
Na valsa de meu coração Das canções abrilhantadas
Nos acordes de meu violão
Em cirandas cantadas por tua voz
Que me acalmam
Acalantam minh´alma
E faz-me sorrir de emoção.



-Shirlena Ferreira

sábado, 21 de novembro de 2009

Labirinto

por: Antonio Carlos Azevedo
 

-"Bem maa que uma existencia complexa no coração, bem mas do que pode detectar com a mão,
não da para dizer bazeado em sua ação, ações, respostas ou reações, não mas que uma atuação
no dia-a-dia, ou até em nossa companhia, revestida por essa armadura impenetrável de mulher pois
apenas em seu quarto(castelo) se revela a verdadeira essência de menina e em ma folha de papel
comose fossem bordadas por sua caneta, suas palavras destilam a verdadeira essência de mulher que um dia robara meu coração e esquecera de devolver, fazendo- me assim viver por viver,mas quando consegui então esquecer-te quis devolvermeu coração, só que eu já havia mudado tanto que em palavras soava como falso, agora vivoem um labirinto, perdido e sem saber o que sinto"

Entre Tuas Entrelinhas

Para as Belas Rosas:
Charlene Ferreira, Rose, Darliene Gasparetto, Brenda Mota, Thaís e Lilian Seabra
 (Que a amizade de vocês dure para todo o sempre, que o espirito de jovialidade, companheirismo e lealdade permaneça em seus corações)


por: Darliene Gasparetto

Eu quero falar de amor...
além do horiznte azul,
e desvendar por detrás de tudo
por trás do que nunca se viu,
o que eu vejo em meus olhos nos teus
até enxergar ao meio fim de tudo o começo... o começo.


busquei por muito tempo o ser que é no que não era,
e até pensei estar falando de amor.
em palavras concretas o amor não existe, não fala.
amor está nas entrelinhas...
                   ... do que se dá, do que se ata ao tempo
                                                                          a alma
                                                                                 aos sonhos 
                                                                                             aos olhos...

                  ... aos olhos d'alma.
brotei da junção de teus olhos com o arco-irís,
fiz me flor nascida em solo teu,
em tua frente,
e perpetuei-me enquanto impregnava-te de mim,
num só olhar.
o céu não foi o bastante,
ultrpassei os limites da tua poesia
e cai desnuda em teu ser.
foi asim que me absorveste:
pura e nua nas entrelinhas que se ataram em tua alma,
feito gosto do que d'antes nunca se provara.
soube o gosto primeiro do amor,
e pela nossa ligação íntima passei-o a ti.


volto ao estado primitivo de antes,
flor mas não igual.
desnuda, perpétua e impregnada nas tuas entrelinhas
em tua frente o arco-íris
e o ser que não era, sendo, é
em palavras concretas amor não existe, não fala
amor está nas entrelinhas.


-Darliene G.

Utopia (além dos céus e terras, á ti...)

"Queria poder beijar teus lábios tocar teu corpo
e não senti amor, 
colocar-te em um balanço e te elevar
ao meu céu, profundo, afoito e sereno céu
e que minhas estrelas te acompanhasem
na imensidão do universo
criando sobre mundos a tua felicidade
e jamais esquecer-te entre os beijos meus...
apenas te elevando fluindo teus pensares
apenas no belo, no puro, no imultável."


-Shirlena Ferreira

Ausência dos 15

Em vinte e tantos anos me perdi
me inventei e recriei o que eu jamais 
soubera existir
talvez eu tenha adiquirido muitos subterfúgios
e tenha me enganado com os quais...
outrora eu seja desprezada por ter amado
quem não me pertenceu...
e aos vintes e tantos tenham levados
minhas razões para um universo
que não me pertence mas. E quase sempre eu me afogue
tentando assim esquecer de minhas 
frustrações que eu mesma plantei
e amanhã, talvez eu acorde
e abra minhas janelas, para olhar se o que havia
em meu redor ainda existira.



-Shirlena Ferreira

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Á ti pergunto

 para:Jean leal


cadê esse menino violeiro que não toca para mim
um acorde uma canção, uma paródia em meu coração
nas mãos que te beijo nem um adeus em mim tocas
cadê esse menino violeiro que transforma as noites
num bordel de senssações, emoções voluptosas
e amor...
e por quê não tocas para mim se o inspiro, se não me notas
o que importa em uma nota
em uma cantiga de roda
tocas para mim, prometo encantar-lhe
com o grave desafinado de minha voz
e tornar a ti o mas pleno de tudo
conquistando-te  não como másculo, mas como um pescador de veredas
e amanheceremos em um bar ao vilão, 
dos líquidos ingeridos por minha face aos poemas teus
em músicas ao verso
então tocas para mim quero sentir o respirar teu aos acordes do violão
então tocas para mim? 


-Shirlena Ferreira 

Palavras ao Vento

 para: Antonio Carlos Azevedo



Por mais que eu grite a voz dos homens
que eu clame por amor
sem o gosto do teu beijo nada serei.
serei apenas um sopro morno triste, e bucólico no inverno
sobre o salto nada serei...
por mais que eu cause fantasias em mentes masculinas
serei esquecida como uma folha jogada ao vento.
nas tardes cizentas do frio sem fogo
para esquentar-me, consolado por apenas teus olhares
sem teu amor nada serei
por que encontr no teu sorriso a imensidão de felicidade minha
e no fundo dos teus olhos é o meu doce rio sem fim
e neles eu broto, renasço, acordo e vivo em mim
na flor dos olhos teus me enxergo em um espelho
mas o que vejo é apenas meus amor
nos traços que cortejam sua face desnuda sou esmeralda em braços teus
e neles resisto a multidão a fastar-me
por que eu te amo e me perco sem te ter.


-Shirlena Ferreira

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pontos

Quando vieste , chegaste depressa como um maremoto que arrasta e aterroriza mentes
chegaste como um ácido sulfurico absorve um pano
tirando a vaidade de um rosto em maquiagens, em capas, em armaduras
chegaste ao meio fim de tudo
o começo...
vieste apagando as luzes de meu próprio medo, danças-tes numa ventania
cuja qual a mim sobreviver-te
intimidando-me sem que eu quisesse o vê-lo
e vieste á mim...
chegas-te do vento dos homens que idolatro,
das vozes que me falam e das mulheres que me agradam
como insanos, como poucos, como muitos...
e assim tu penetras-te no meu mas profundo mar de futurismo
me estimando a ser o Rei do meu próprio reinado
o poeta mais claro, mais denso, e mais intenso de minha própria idade
média... nobre... minha. Levantando a mim a viamas reta da arte
me contemporando as letras
as falas, os cenários, tornando-me o mas puro palhaço
tirando-me da solidão que se torna inesistente
e me levando á cores
sem o breu de meu passado e tu não tens o nome de um anjo
não tens a cor de um ser humano
não falas, não gritas, não possui rosto
o que tens é a vitalidade o que tens é a eloquência dos movimentos
me contornando ao que um dia eu negara existir
e me tomas feito um véu
dentre os meus cabelos chamo a ti....
                                      arte de meu ser
                                               que tocas e ressoa num eco profunndo
                                                                       á tudo.



-Shirlena Ferreira

Lembrando...

Tenho lembrado das manhãs de sol
em que a primavera brotava em nós
e as canções nos acalantavam ao navegar dos barcos
dentre o rio de nossas moradas
criavamos e recriavamos sonhos
que de tão vasto que era mal cabia em nosso ser...
lembrei-me daquelas noites na beira do cás
entre o chão e o luar
dentre a relva e a selva
te fiz nu em meu peito
não carnal, não físico
mas num pálido coração, onde as labaredas que nos esquentavam
em meio a solidão do mundo nos elevavam a um plano somente nosso.
em vontades de correr, em vontades de viver
em vontades de estár com você
na mesma euforia aospiciosa que habitava em nossos corações
quando tudo parecia ter decaído á esmo...
viemos do não, da exatidão de nossas próprias inverdades
assim te achei, e então nos achamos
alumiarados pelo amor. Sua voz descia sobre meus ouvidos
como sonetos ao violino, doce suave e agúdo
eram sentimentalidades que se estiravam /nu gesto simples de nossas próprias
naturezas...assim eu venerava-te
como um ser supremo
que me toca e o rosto, e em meu
pálido gostar ressoa....
horas, dias mêses, vidas...
passaram-se...
e nós
como nascentes de rios embargados
passamos juntos, dentre os frutos que nos acolhiam
e as ondas que nos distanciavam....
e agora, o que me restou foram apenas as lembranças
do que foi, do que fui
do cás... das ondas....
do que fomos e um dia...
do que seremos
no coração de um , ao outro
do meu, no teu,  gostar.



-Shirlena  Ferreira

viagem

Em um canto vazio perdido escrevo
minhas frases com letras atropeladas

sem som, e sem cor
em plena nostalgia
á esmo das certezas
vasculho em caixas subsideos
nos quais eu posso esconder um coração
não nobre, não vagabundo
apenas no coração
apertadinho nesse canto, ou uma esquina
minha alegria em meio ao vão
nas ruas, minha cidade é aqui
já fui á New York, Amsterdã
cruzei o pacífico vivi do mundo
vizitei negros caminhos
e de meu quarto não sai...
meu lápis desapontado não escrevi mas
e minhas letras somem na multidão
se chove não vejo
se neva não sinto
não estou entorpecida
apenas embreagada em meu mundo
em meio ao vão.



-Shirlena Ferreira

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Conversa de um Poeta

O nosso mundo é feito de prosas
é abstrato, de cores, flores...
é  o mais pleno, mais limpo é nosso!
eis-me vil a escultar-lhe palavras suas como canções francezas
sultimente magestosas e elegantes.
e numa bela tarde ensolarada em que nada me convinha
e ao te ouvir num rispido rastro de emoções me fez
sentir o desejo, a vontade em declamar a vida,
cantiar os passáros, sentar num bar embreagar-me
na poesia de nossas vidas, vêr a praça como um exímio palco
onde somos os protagonistas, e a cena seja  o que existe de mais verdadeiro,
o nosso ápce de realismo
a vida...
e a contar-lhe a veredas das noites infindas
poetizando dentre as sargetas
nos inspirando no belo, no sã no lúcido de nosso ser...
ao trocarmos historias reais e únicas...
que nossa longa converça seje no agora, para que eu possa recriar no mundo
seu a minha certeza, as nossas verdades.

-Shirlena Ferreira

Reconheço


Ontem aprendi a amar...
Brotei na junção de minhas emoções e me deparei com o amor
Não forte, não intenso  apenas tranquilo demasiado
Uma pétala de flor...

Ontem aprendi a ver o mar azul
Onde água não existia,
Apenas penetrando  no olhar do ser invisivel e o desvendando
O mais nobre que um rei, mas lapidado que um diamante
Mas perfeito que o meu puro imperfeito...

Ontem aprendi a escutar aquele que não fala
Aquele que num gesto me põe a verdade
E me faz sutilmente entender o amor
Aquele que resguardo, aquele que não vejo
Aquele que em voltas e revoltas em meucolo, me eleva aos céus...

  Ontem aprendi a lêr o que eu mesma sinto
 Numa só toada, em uma leve canção
 Ao extremo drástico ao melancolico e bucolico
 Me alto descrevendo num só pincel sem tinta
 E transparecendo o que em mim se prende na disfarçates  dos  gestos meus...
Aprendi a ver o mundo em cores e saí de meus passos preto e branco.



-Shirlena Ferreira

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

flor de liz



Eis-me aqui como um cão sem dono
acalantado pelo mar sereno
entre voltas e revoltas de minhas moradas.
Eis me aqui em sua face serena
sem protótipos e subsideos
eis me aqui sentado em mim,
cruzando meus pensares, entrelaçando minhas virtudes
e tentando te descobrir no mesmo que não sou;
Eis-me aqui como o vento que pertence a todos, mas não tem morada certa.
Eis-me aqui com sua face inexorável que se desfalece aos mútuos sorrisos
Eis-me aqui a ver-te nesta branca pele de seda
envolvente em um belo perfume...
Eis-me aqui a ti olhar entre dúvidas
rompendo esteriótipos, apenas desvendando o teu ser que ressurge
em todo momento no meu pensar...
e te reinvento como flor
como minha flor...
Eis-me aqui permanecendo a te olhar na inocência de tuas frases
na essência de teus beijos, na intessidade de teus abraços
dentre os cheiros teus...
Eis-me aqui feito em cása sem barco,
triste e solitáio por ti ter em uma utopia,
sem vida sem realidade, apenas em mais um devaneio.
Eis-me aqui a ti procurar entre os séculos e a achar-te em meu coração
não perdido, não isolado
sutilmente dentro do meu coração
no mais profundo sentimento
em mim, em ti, em nosso olhar.

-shirlena ferreira

É mais que ela


Nobre coração que sorrir para aquele
que o abraça com um só suspiro
e assim tu vens chegando
em passos mansos
num cheiro delicado
fazendo-me pairar num só instante
extasiando-me em ti...
Serás a mais pura donzela?
Ou me cortejas como acalanta toda aprimavera? Por que busco em teu pálido rosto
o remédio
que irá sarar minha saudade
saudade daquele suspiro das horas recitadas por sua aveludosa voz
sussurradas na boca de meus ouvidos
nas noites incertas
em que o cansaço a tomar-me conta
e tu ao desenrolar de sua vida
a me confidenciar o mundo seu
oh...
minha liz...
como sinto saudades!
ela me aperta,doi,me afoga
 distrói....
saudades...
não me faça de jó
esteja ao meu lado para contemplar o sol e adorar a lua
pois minhas estrelas se formam apenas um brilho...
o seu!...


-shirlena ferreira

coro de uma voz


Que minha vida não se torne um paradoxo.


Que meus males não alcancem minha alma e não

me afunde num marasmo no qual eu possa me oprimir

Que eu possa sorrir mesmo diante de toda essa

Miséria que assola nossas estradas...

Que eu ame, ame e seja um dia seja venerada,

Mesmo depois de desfalecida...

Que pelos meus olhos passem rios de lágrimas,

Mas não me afoguem...

Que a gravidade das leis caiam sobre os céus e me

Adormeçam a lua eterna.

Que a doçura não me amargue...

Que a loucura não me atinja, que a beleza da vida

Não interfira na cicatriz da morte...

Que por mais que eu finja, um dia eu me descubra

Na real ilusão que me cega.

Que minhas flores não murchem e o mau cheiro

Não exale sobre meus dias...

Que as rosas que não mais iguais tomem

Conta de meu perfume e eu seja feliz...

Que o meu sofrimento de ser mais uma seja inútil

Que eu me faça de forte para alcançar minha fortaleza...

Que eu possa gritar quando necessário.

Que eu possa gargalhar mesmo quando a dor me afligir...

Que tudo seja um grande aprendizado...

Que eu possa amar...

Que eu perdoe meus inimigos que me odiaram e eles

Sejam felizes como e eu sou...

Que tudo passe menos minha felicidade...

Que minhas palavras acalantem e sejam eternas!



-Shirlena ferreira

lembranças ao vão

Tenho lembrado das manhãs de sol
em que a primavera brotava em nós
e as canções nos acalantavam ao navegar dos barcos
dentre o rio de nossas moradas.
Ali criavamos e recriavamos sonhos que de tão vastos que eram ,
mal cabiam em nosso ser...
Lembrei-me daquelas noites na beira do cais
entre o chão e o luar
dentre a relva e a selva
te fiz nu em meu peito
não carnal, não físico,não grotesco
mais em um pálido coração
onde as labaredas que nos esquentavam
em meio a solidão do mundo
nos elevavam a um plano somente nosso
em vontades de cores, em vontades de viver
em vontade de estar sobre você aos lados seus...
Na mesma euforia aospiciosa que habitava
em nossos corações quando tudo parecia ter decaído a esmo...
viemos do não, da exatidão de nossas próprias inverdades
assim te achei, então nos achamos alumiarados pelo amor.
sua voz descia sobre meus ouvidos como sonetos ao violino, doce, suave, agúdo...
eram sentimentalidades que se estiravam num gesto simples
de nossas próprias naturezas...
assim eu venerava-te como um ser supremo
que me toca o rosto, e em meu pálido gostar ressoa.
horas... dias... meses... vidas...
passaram-se
e nós como nascentes de rios embargados
passamos juntos, dentre os matos que nos colhiam e as ondas que nos distanciavam...
e nos meus dias de agora o que me resta
são apenas as lembraças do que fui
do que fomos, e um dia...
do que jamais seremos...


-shirlena ferreira

terça-feira, 20 de outubro de 2009

raio de sol



"raio de sol
que luzem o profundo do mar
e transportam as águas dos rios
que mergulham nas fontes do luar
que me cegam os olhos e diz
que a inocência em seus beijos é fulgaz...
teu sorriso é um mergulho em jasmim
teus abraços é a fonte do mar
em teu ser eu me deixo cair
flutuando na imensidão
nas areias, nas águas do olhar
que em teu corpo eu me deixo cair
inspirada em teu verso eu vim
transbordando na espuma do mar
como as garças os rios alcançar
sobre nuvens te vejo feliz,em meu quarto
te chamo vem cá...
caia aos céus em meu colo e trás, teu sorriso é um
mergulho na fonte do meu luar."

-Shirlena Ferreira

meu flor


"Meu menino dos olhos de ouro
que me move estrelas
que me comove com palavras
que me exprime, me libera
me trasnporta, me enaltece...

Meu menino dos belos poemas
que recita e levita a vida
e abre moinhos de flores
colore meu ar

Que tira um sorriso de uma face entristecida
me alumia
meu diamante
meu raio de sol de todas as manhãs
meu flor..."


-Shirlena Ferreira