Quando vieste , chegaste depressa como um maremoto que arrasta e aterroriza mentes
chegaste como um ácido sulfurico absorve um pano
tirando a vaidade de um rosto em maquiagens, em capas, em armaduras
chegaste ao meio fim de tudoo começo...
vieste apagando as luzes de meu próprio medo, danças-tes numa ventania
cuja qual a mim sobreviver-te
intimidando-me sem que eu quisesse o vê-lo
e vieste á mim...
chegas-te do vento dos homens que idolatro,
das vozes que me falam e das mulheres que me agradam
como insanos, como poucos, como muitos...
e assim tu penetras-te no meu mas profundo mar de futurismo
me estimando a ser o Rei do meu próprio reinado
o poeta mais claro, mais denso, e mais intenso de minha própria idade
média... nobre... minha. Levantando a mim a viamas reta da arte
me contemporando as letras
as falas, os cenários, tornando-me o mas puro palhaço
tirando-me da solidão que se torna inesistente
e me levando á cores
sem o breu de meu passado e tu não tens o nome de um anjo
não tens a cor de um ser humano
não falas, não gritas, não possui rosto
o que tens é a vitalidade o que tens é a eloquência dos movimentos
me contornando ao que um dia eu negara existir
e me tomas feito um véu
dentre os meus cabelos chamo a ti....
arte de meu ser
que tocas e ressoa num eco profunndo
á tudo.
-Shirlena Ferreira
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