Aos meu queridos leitores.

Aos meus queridos leitores,



Agradeço á todos pelo carinho, pelas palavras de incentivo, as críticas construtivas que me ajudam muito, muito mesmo.


espero que todos continuem visitando o Palhaço sem Cores, e que algo de belo, de intenso possa ser transmitido a todos vocês, seguidores e não seguidores.
Cheiros nos Corações!


sábado, 15 de dezembro de 2012

Pêlos


Do cerne de teus lábios
Se faz minha vontade rouca
De arrancar tuas vertes e te trançar em minhas pernas
Longas pernas...
Deixe-me sentir teu toque quente, de pálpebras macias, sobre meus pelos oriundos cheios de desejos oblíquos.

 
 
 
 
 
 

domingo, 11 de novembro de 2012

Eis-me pó.



De repente meu coração amanheceu empalidecido com uma névoa cinzenta
Não sei ao certo de onde ela veio
só posso dizer que meu corpo sente o vácuo que meus dias tem deixado a mim.

É como se o poeta tivesse perdido suas palavras, e de seus versos só existisse as linhas
vazias e opacas.

Meu peito já não fala mais,e o que me cabe é o não ser de algo inexistente
que só eu ainda penso existir

Ontem dormir cheia de esperanças de uma casa colorida, hoje despertei de meu sono profundo
e caí em minha morte de todas as noites que se inicia em um amanhecer

Não me sinto mais feliz, me sinto sobrevivente de universo paralelo
onde todos ja viveram e comigo nada, nada seria diferente.

Pobre de meus sentidos que se confundiram a meras palavras bobas, e hoje no vazio se entregou

Pobre de minh' alma que se encontra esfumaçada ao vento momentaneamente a vagar pelos
muros da cidade envelhecida.

E o que me sustenta são vícios nos quais ainda sobreponho minhas amarguras, responsabilidade
de algo que na verdade nunca me pertenceu.

É como se fosse um copo de licor vazio, só com o aroma do que já teve e agora seco se encontra.

Minha companhia é meu espelho, e meu espelho é minha dor
Não, não estou vivendo
Me encontro sobrevivendo naquele espaço que não é meu, nem nunca será.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Não Fujas


Eu preciso da cor de tua boca
Do gosto de tua saliva para inebriar minhas noites
Do teu cheiro molhado, de tuas gotas suaves
De teus pelos..
Eu preciso do adoçante de tuas pernas, de teu álito a curar minha fonte
Então me deite em teu colo e me faça adormecer ao sono profundo
Por que busco em tua alma o calor de meu corpo
a  veracidade de teus movimentos
O incenso de teu olhar...
Preciso
Necessito, me absorvo a ti, num rastro de um segundo, 
Num sopro de um milésimo
Não não deixe-me só
Não resistirei, não deixe-me ao vão, cavarei minha lacuna 
Se não estiveres ao meu redor, se não me amares como te amo, 
Não me faça padecer sobre tuas letras...
Não me faça.
Irei te buscar onde quer que esteja, irei te procurar á qualquer hora,
Em qualquer momento...
Me espere, somente me espere, eu preciso de ti, 
Preciso de tuas mãos nas noites frias do inverno
Preciso.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A DANÇA

Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascender da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

Se não assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.



- Pablo Neruda


Foto: Bob Menezes

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sensação

A principio uma sutil timidez onde cabia a mim buscar em tuas lentes

Uma beleza já esquecida.
Teus toques suaves, desavergonhando minha saliva ritmada
Que saia de meus lábios constantemente, tornando meus pelos altos,
Em calafrios...
Aos poucos minha garganta ia disparando palavras, palavras, palavras...
Jogando segredos possíveis aos ventos,
Possíveis e impossíveis...
E meu peito ainda vestido, disparando um desejo obliquo.
Seduzindo a mim , a ti, ao inverso,
O meu,
                  Ali,
                           O nosso corpo.
Emprestando-te minhas pernas, cores, cabelos, e evocações...
E tuas lentes focando um olhar feiticeiro, cru, nu, de ressaca, desavergonhado.
Libertando meus ventos, movimentos, meus gestos
Minha sobriedade...
Naturalmente emagiando teu rosto a mim, aqui por dentro.
Gritando Vontades, despertando desejos
Meus.

-Shirlena Ferreira