Aos meu queridos leitores.

Aos meus queridos leitores,



Agradeço á todos pelo carinho, pelas palavras de incentivo, as críticas construtivas que me ajudam muito, muito mesmo.


espero que todos continuem visitando o Palhaço sem Cores, e que algo de belo, de intenso possa ser transmitido a todos vocês, seguidores e não seguidores.
Cheiros nos Corações!


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Sou das encruzas

Sou das encruzas

E não temerei tuas vestes feito brasa em sal
Vestirei teu corpo nu em meus lençóis amargos de teu gozo
Velarei nossas noites, exclamarei em teu pesar nossas dores oriundas carregadas de sentimentalidades
Seremos como o vinho seco fino e quando passado, um presente.
Deixo em tuas luvas leves meu cerne de giz
E escreverei sobre tuas manchas o gozar de nossas entranhas estranhas amantes.


Shirlena Ferreira

sábado, 15 de dezembro de 2012

Pêlos


Do cerne de teus lábios
Se faz minha vontade rouca
De arrancar tuas vertes e te trançar em minhas pernas
Longas pernas...
Deixe-me sentir teu toque quente, de pálpebras macias, sobre meus pelos oriundos cheios de desejos oblíquos.

 
 
 
 
 
 

domingo, 11 de novembro de 2012

Eis-me pó.



De repente meu coração amanheceu empalidecido com uma névoa cinzenta
Não sei ao certo de onde ela veio
só posso dizer que meu corpo sente o vácuo que meus dias tem deixado a mim.

É como se o poeta tivesse perdido suas palavras, e de seus versos só existisse as linhas
vazias e opacas.

Meu peito já não fala mais,e o que me cabe é o não ser de algo inexistente
que só eu ainda penso existir

Ontem dormir cheia de esperanças de uma casa colorida, hoje despertei de meu sono profundo
e caí em minha morte de todas as noites que se inicia em um amanhecer

Não me sinto mais feliz, me sinto sobrevivente de universo paralelo
onde todos ja viveram e comigo nada, nada seria diferente.

Pobre de meus sentidos que se confundiram a meras palavras bobas, e hoje no vazio se entregou

Pobre de minh' alma que se encontra esfumaçada ao vento momentaneamente a vagar pelos
muros da cidade envelhecida.

E o que me sustenta são vícios nos quais ainda sobreponho minhas amarguras, responsabilidade
de algo que na verdade nunca me pertenceu.

É como se fosse um copo de licor vazio, só com o aroma do que já teve e agora seco se encontra.

Minha companhia é meu espelho, e meu espelho é minha dor
Não, não estou vivendo
Me encontro sobrevivendo naquele espaço que não é meu, nem nunca será.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Não Fujas


Eu preciso da cor de tua boca
Do gosto de tua saliva para inebriar minhas noites
Do teu cheiro molhado, de tuas gotas suaves
De teus pelos..
Eu preciso do adoçante de tuas pernas, de teu álito a curar minha fonte
Então me deite em teu colo e me faça adormecer ao sono profundo
Por que busco em tua alma o calor de meu corpo
a  veracidade de teus movimentos
O incenso de teu olhar...
Preciso
Necessito, me absorvo a ti, num rastro de um segundo, 
Num sopro de um milésimo
Não não deixe-me só
Não resistirei, não deixe-me ao vão, cavarei minha lacuna 
Se não estiveres ao meu redor, se não me amares como te amo, 
Não me faça padecer sobre tuas letras...
Não me faça.
Irei te buscar onde quer que esteja, irei te procurar á qualquer hora,
Em qualquer momento...
Me espere, somente me espere, eu preciso de ti, 
Preciso de tuas mãos nas noites frias do inverno
Preciso.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A DANÇA

Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascender da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

Se não assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.



- Pablo Neruda


Foto: Bob Menezes

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sensação

A principio uma sutil timidez onde cabia a mim buscar em tuas lentes

Uma beleza já esquecida.
Teus toques suaves, desavergonhando minha saliva ritmada
Que saia de meus lábios constantemente, tornando meus pelos altos,
Em calafrios...
Aos poucos minha garganta ia disparando palavras, palavras, palavras...
Jogando segredos possíveis aos ventos,
Possíveis e impossíveis...
E meu peito ainda vestido, disparando um desejo obliquo.
Seduzindo a mim , a ti, ao inverso,
O meu,
                  Ali,
                           O nosso corpo.
Emprestando-te minhas pernas, cores, cabelos, e evocações...
E tuas lentes focando um olhar feiticeiro, cru, nu, de ressaca, desavergonhado.
Libertando meus ventos, movimentos, meus gestos
Minha sobriedade...
Naturalmente emagiando teu rosto a mim, aqui por dentro.
Gritando Vontades, despertando desejos
Meus.

-Shirlena Ferreira

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Marcas


Já amei, hoje choro

Já sonhei, hoje embalo
Já criei, hoje copio
Já brilhei, hoje ascendo velas
Já corrir, hoje nem ando mais...
Já vomitei hoje não consigo mais comer
Já sorrir, hoje nem língua possuo
Já bailei, hoje perdi minhas saias
Já vivi, hoje nem vivo mais...



-Shirlena Ferreira

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

E cua..


Em minhas veias correram fogos,
Fogos que me queima noites e dias(...)
Nos meus olhos correm fontes, fontes de prazer...
Em minha língua corre o fluxo intenso de desejos de tua pele
seca e cinzenta a jorrar beijos crus em meus lábios,
que bailam de vontades da tua pele cinza esverdear meu corpo,
fazendo pairar num estante em teu colo...
E corre desejos...
Em meus pelos correm líquidos gerados de tua face nua,
evoluta, crua, mula, me ecua, me traduza, me embriaga,
 me alucina...
Mais nunca serei tua, somente tua..
Serei livre amante sua...
Serei plena aos teus bilhetes, serei deles como todos meus...
E as ruas, sempre serão minhas, como o teu peito me pertencerá
para todo o sempre fecundo infinito gostar.

 
   -Shirlena Ferreira

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pele

Para: Brunelle Reis



Uma luz a brotar de teu ventre suave,
Deslizante de líquidos jorrados de prazer... Obliquo e singela cor de tua pele  esbranquiçada de desejos crus...
Vens-me Como uma faca brilhante de ponta afiada, és teu brilho reluzentes a me transpassar delírios..
Teus seios cobertos a guardar alimentos dos ser iluminado que surgirá de tuas mãos, sementes plantadas de mim a ti...
Corpo pele mente sã, insana, mundana,
De negros olhos cabelos jogados, jorrados, virados, amados...
Quem te disse amar, quem viu amor, viu em teu rosto a sutileza devassa que habitas escondidas dentro de teus lábios dissimulados, e teus sorriso aveludado, teu olhar de ressaca que atiça que me enfeitiçam...
Vem de mim, crias tua pele sobre a minha, anarquiza minh´alma nua, aos teus pelos.


-Shirlena Ferreira


(Foto: Brunelle Reis)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Rostos

 

Quando a mancha da juventude passar dentre minhas mãos,
Verei a luz da velhice acompanhar minhas noites sonolentas...
Olhar-te-ei dentro da menina dos olhos, buscarei todo cru da alma
Que quando pequeno não a ti foi aproveitado...
Quando a mancha da juventude passar dentre minhas mãos...
Iras ser bela, bela como pólen das orquídeas no inverno,
Sugarei tuas estradas como o meu hoje, terei toda sua caminhada
Dentre meus ouvidos,
e a vivencia me tornará imune das lacunas abertas
por manchas de uma juventude...
Deixa-me viver teu sorriso nos meus,
deixe-me beijar tua face como beijo meus sonhos,
deixe-me ser teu, ser seu, ser meu... ser nu...
Deixe-me gozar da felicidade bem aventurada explicita no livro dos homens,
deixe-me ser puro.
Deixe-me chegar a ti em plena sã consciência,
Deixe-me...
Quando a mancha da juventude passar dentre minhas mãos,
Verei que errei todas as horas,
Sentirei o cheiro de gasolina sobre os bares,
Deixarei do passado e serei melhor.

-Shirlena Ferreira

terça-feira, 28 de junho de 2011

O Tempo


vou cantar meu canto sozinho, e alegrar minha noite silenciosa, ao som de uma taça de vinho tinto, e ao ressoar dos canticos de roda...



lembrarei de minha infância, e verei-me correndo pela casa com os cabelos esvoassantes, com o rosto cheio de sonhos...
Lembrarei que ...



tudo passou tão rápido, em uma velocidade gritante, como as horas de um relógio asselerado,
passou, voôu e eu nem percebi,
logo eu que tinha tanto medo de não vêr o tempo passar,
acabei me perdendo dentro de mim mesma.


 
 
-Shirlena Ferreira

"Eu me visto de homem para ser forte.
Eu me escondo de escadas em noites de lua cheia..
Eu vigio teu sono para não perder o teu silêncio,
Eu mergulho no raso, por que não sei nadar..
Eu pouco falo pois teus beijos me calam em meio ao caminho..."

 
 
 
-Shirlena Ferreira

sábado, 19 de março de 2011

Soneto de Fidelidade

"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento


E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama


Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."


-Vínicius de Moraes


foto: Shirlena Ferreira e Diego Ferreira

quarta-feira, 16 de março de 2011

Tardinha




E aquele som ressoava no meio dos galhos...
À tarde caindo,
Os prédios crescendo sobre o raio de sol que a li iam se pondo
Levando as nuvens em uma imensidão sem nome
Grande... Esvaindo-se ao desenhar do amarelo céu.
E o beija-flor a chamar-te chuva,
E o sol a beijar-te dia.
Dei-me tuas azas, dei-me teu azul.
Dei-me o ser pleno a voar sobre ao cair da tarde
Livre... Livre... Livre...
E voastes longe... Brilhando laranjado
Sumindo entre a luz...
Partindo...



-Shirlena ferreira

 (Foto: Fábio Barros)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Aos confis do tempo.


 A chuva é um silêncio que baila nas ondas do vento...
e transforma  a seiva das nuvens em coticolas de ar, 
Perfumadas...
eu queria mergulhar por de baixo dessas águas 
E brotar descalço como passáros a vooar 
sobre os céus nus.





Por: Shirlena ferreira 

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ela é Mulher!


Ela é puta ela é nobre ela dança

Ela é mulher de dois lados,
ela é bela de duas formas
Come um prato e engoli um beijo
Ela lança, ela compra, ela joga..
Ela rasga o pano da viola
Ela puxa o saco do sapo
Ela usa óculos
Ela joga bola
Ela a ama na cama na lama
Em grama
Ela curti os bambas ela é demais...
Ela me deixa com saliva,
Ela borbulha minha barriga
Ela ejacula minha pele
E suga meu corpo
Ela é malandra, ela é Luanda..
Seu nome é Leandra..
Mais que maravilha de mulher.

-Shirlena Ferreira

Refluxos

"Quando me lembro dos momentos insanos, que te vi tão longe, sem nenhuma expectativa em seres meu... Eras para mim um acaso sem nem acaso existir. Foi quando penetrei meu olhar obliquo em teu rosto á guardar dos pedaços de céus, e por segundos achei já tê-lo visto em meus sonhos... Mandei bilhetes em páginas em branco mandem sorrisos sem mostrar minha boca e quando partir de uma morada elucida, me anestesiei em tua voz a me tocar ao telefone... foi mais que perfeito... teus lábios nos meus, avermelhar minha pele negra diante de tua face."

-Shirlena Ferreira

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um GRITO!



Não gosto de hipocrisia

Odeio o descaso humano, amo ironia
Idolatro mulheres de personalidade própria
Gosto de lábios carnudos e sedentos de desejos
Acho um lixo filme de ação sem ficção que nada se entendi...
O Chaplin me faz pensar, rir, a Xuxa me faz baldear...
O sensacionalismo dos Reality show me faz acreditar
Na tese que a grande maioria da população se faz de inútil...
Não gosto de muitas exclamações,
Amplexos não são de qualquer um que aceito,
Tenho fobia a elevador, escadas rolantes me apavoram
(aaaaaaahhhh não sou desse mundo)
A desconfiança que tenho em muitos indivíduos,
É de fato muito torpe, na verdade todos somos muito
Inconstantes e isso fazem com que nunca conhecemos o próximo veridicamente.
Gosto de homens nus, e mulheres loucas,
Amo coelhos me apaixono por cachorrinhos...
Meu quarto é amarelo e nele guardo meu infinito particular...
Tenho um homem e vários bilhetes...
Tenho um amor, que é meu, teu de além.
Alguém
Nem sei...
Só sei
Que tenho!

-Shirlena Ferreira

sábado, 24 de julho de 2010

Sem entender...


Cai a noite madrugada dentro,
eu como um verso desfaleço suave sobre um manto azul.
Do telhado envidraçado vou escutando o som da chuva a cair sobre mim...
O vento a embalar, O sono a  faltar
A Minha mente a jorrar letras que me causam cartas
e me fazem mais poeta
Poeta irreal, poeta sem igual
Que não sabe ler, escrever mal , pouco noto
Nada mais me importa
A chuva passa
E eu adormeço.


-Shirlena ferreira

terça-feira, 6 de julho de 2010

Demande à La Subtilité

sutileza devassa
Há algo em mim que comove os
olhares embriagados dos homens que me cercam
Que me tocam que me notam que me apavoram...
 Só sei que tudo cabe em mim, um só suspiro,
Uma só canção, tudo se faz no instante que
tiro de meu corpo a camada de roupa que faz
 de um esconderijo ao meu corpo sedento de
desejos, e á carne sem sentido. Meus rosto suado,
de um olhar oblíquo, disseminando em provas do
 que eu mesma procuro, busco, me inundo,
á corpo á alma... E a minha sutileza, cada vez
 mais inexistente, me torna devassa, com a cobiça
 desses todos que me querem que almejam, que deitam,
que me elevam em sua mente, talvez na lama,
me banhando na relva. Intrépida e amante...

-Shirlena ferreira
 
(foto: Clarissa Castro) 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Cubra- me




Olhar a brisa suave das ondas Do mar

Desfrutar da imensidão de vida que
se abri á todo momento
Contemplar, beijar, ceder
Escutar o pulsar do belo, do puro
Daquele que se faz imutável.
Fazer-se do Pierro ao bailar
com sua colombina
Não deixando que as ondas trêmulas
 banhar o medo da ilusão
Olhar...
O corpo á quedar de um só sentido
Sem sentido algum, em um só momento,
Em um só desejo,
Em um só coração

-Shirlena Ferreira
 
(foto:praia do Marahu/ Mosqueiro, por Shirlena Ferreira )

TU

No teu colo manso, descansar suave

Respirando tuas frases palavras encantadas
E agora mesmo em um só desejo, reparto-me ao meu avesso
Escrevendo em letras manchadas o orgulho que meu peito faz engolir
E tu á me querer, eu á ti ter
E nós, no vai e vem
E vens, para não mais ir...
Espero-te, e me faço a ti como no primeiro olhar que te dei
Como no primeiro beijo que de mim foi teu
E como no meu corpo, á suas mãos estirar. Tenhas-me, envolva-me
Ainda estou aqui...
Á sua conquista, venhas logo
Tenho anseios e não posso esperar.


-Shirlena Ferreira

sexta-feira, 21 de maio de 2010

SEGUES


Segues em meus olhos
Que reflete a imensidão do arco-íris,
Segue a flecha de luz que corta minhas palavras.
Olhe para o céu azul, e busque lá
lá longe
As tuas respostas,
Acorde a alma do ser que ainda não dormiu,
 e me descubra nele,
Faça das lágrimas o rio que te levará até mim
Não se deixe quedar de um orgulho torpe, e venhas
Venhas para mim...


-Shirlena ferreira

(foto:Shirlena ferreira)

domingo, 16 de maio de 2010


"entre os desejos da carne, e a arte tocante,
somos filho de uma mesma esfera, e todos tão distante"



-Shirlena ferreira


foto: peça teatral "três espelhos e uma cama"

domingo, 9 de maio de 2010

Relatando...

Tenho andado várias vezes sobre meu mundo azul,
e tenho esquecido as belezas que ainda me cercam

Tenho flutuado com a fumaça das ervas, e me tornado 
Liberta de todas as convenções que me cercavam...
E no mesmo tudo esta no que vejo, e o que não vejo
Guardo em mim...
Todas as cores, todas as flores, todos os amores em mim...
Só em mim...
Estou á viver...



-Shirlena Ferreira