Não sei ao certo de onde ela veio
só posso dizer que meu corpo sente o vácuo que meus dias tem deixado a mim.
É como se o poeta tivesse perdido suas palavras, e de seus versos só existisse as linhas
vazias e opacas.
Meu peito já não fala mais,e o que me cabe é o não ser de algo inexistente
que só eu ainda penso existir
Ontem dormir cheia de esperanças de uma casa colorida, hoje despertei de meu sono profundo
e caí em minha morte de todas as noites que se inicia em um amanhecer
Não me sinto mais feliz, me sinto sobrevivente de universo paralelo
onde todos ja viveram e comigo nada, nada seria diferente.
Pobre de meus sentidos que se confundiram a meras palavras bobas, e hoje no vazio se entregou
Pobre de minh' alma que se encontra esfumaçada ao vento momentaneamente a vagar pelos
muros da cidade envelhecida.
E o que me sustenta são vícios nos quais ainda sobreponho minhas amarguras, responsabilidade
de algo que na verdade nunca me pertenceu.
É como se fosse um copo de licor vazio, só com o aroma do que já teve e agora seco se encontra.
Minha companhia é meu espelho, e meu espelho é minha dor
Não, não estou vivendo
Me encontro sobrevivendo naquele espaço que não é meu, nem nunca será.
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