Sou das encruzas
E não temerei tuas vestes feito brasa em sal
Vestirei teu corpo nu em meus lençóis amargos de teu gozo
Velarei nossas noites, exclamarei em teu pesar nossas dores oriundas carregadas de sentimentalidades
Seremos como o vinho seco fino e quando passado, um presente.
Deixo em tuas luvas leves meu cerne de giz
E escreverei sobre tuas manchas o gozar de nossas entranhas estranhas amantes.
Shirlena Ferreira