Aos meu queridos leitores.

Aos meus queridos leitores,



Agradeço á todos pelo carinho, pelas palavras de incentivo, as críticas construtivas que me ajudam muito, muito mesmo.


espero que todos continuem visitando o Palhaço sem Cores, e que algo de belo, de intenso possa ser transmitido a todos vocês, seguidores e não seguidores.
Cheiros nos Corações!


sexta-feira, 23 de abril de 2010

TALVEZ SEJA TEU O MEU AMOR...


Estou á ti amar
Mais na verdade não sei quem és
E tenho medo de te gostar tanto e nada ter
Tu sabes que nossos empecilhos são grandes
Mais a vontade de tu seres meu
É bem maior
Mais não vou te enganar, já tenho outro alguém,
assim como tu também tens
Mais nos gostamos e não sei o que fazer
Jogar-me em frente ao caos e ser aniquilada
Por tudo de mais horrendo? Não sei
Apenas estou aprendendo á te amar, e não amo mais meu outro alguém
Estamos apenas acomodados um ao outro (eu e ele).
Quando iremos decidir essa paixão que estar á nos tirar o sono, e a fonte,
Onde esta a coragem do telefone, ao real
Cadê tudo, cadê o nosso meio mundo, cadê nós dois.?
Nada sei, de nada eu posso, tudo tão distante, e nada tão tranqüilo.


  -Shirlena ferreira


(foto: shirlena ferreira)

Do céu que te Vi...

Vens para mim, ou eu vou atrás de ti
Cortar meu mundo e buscar no profundo
Dos nossos desejos,
Afastar dos teus lados, os amores já partidos
E beijar-te as noites inteiras
Com cheiros dos nossos sentidos
Acarinhados por toda paixão
Toda vontade, tudo...
Não vais partir para cidades indefinidas
Fique aqui comigo, olhe nos meus olhos
E deite por debaixo de meu peito
Respirando e transbordando em amor
Vens para mim
Vens escutar o pulsar do meu coração,
Escutar minha voz como um trovão a te buscar
Venhas a mim, no teu doce tom sutil
Vens...
Chegar perto de mim, para mim
Mostrar-me os sonhos teus,
Venhas e me dê a tua mão
Para mim, que eu te quero
Só...
Só, para mim.

 
-Shirlena ferreira

PARTIREI


Tarde boa vida assim, parece tudo não ter limites Mais o meu limite
não se limita em mim...
Estou de coração aberto, com uma paixão acomodada,
E agora não sei de mais nada, mais ainda estou aqu
Sei que o dia de hoje terá conseqüências, mais terei
Que ter a hombridade de ser leal com meus pensamentos
E o que me maltrata é ainda esta acostumada com essa vida
De limites não meus...
Daqui á pouco chegarei em minha casa, e não sei o que me espera
Só sei que tudo o que fiz, fiz com o coração feliz, vou ficar bem.
Sei que vou ficar.

-Shirlena ferreira

(foto: cidade velha, Belém PA/ por: Shirlena ferreira)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

MADEIRA FRIA

Minha casa não é de ouro fino, e no piso não tem brilhantes
Somos todos iguais aos outros com portas e janelas
Meu pai com seus calos nas mãos, minha mãe com os braços
Feridos de roupa lavada
Minha casa não tem foro, não tem forno, mas tem fé
Tem dito na entrada
Uma imagem estirada nos pés do redentor
Minha casa não tem luxo, não tem lustre, mas tem chão
Não tem cavalos em seu jardim,
E nem jardim tem
Mas tem coração num canto sentado agasalhado, aberto
Para quem quiser adentrar,
Em minha casa aqui, eu me escondo, da fonte, dos outros
Até mesmo de mim...
Aqui...


-Shirlena ferreira

domingo, 18 de abril de 2010

INTENSIDADE

Mesmo depois desse drink
Levarás-me até a porta de minha casa
Despediremos-nos e novamente só na madrugada terminaremos
És meu homem sobre os lençóis, mais desejo ter-lhe ao meu lado
Nas horas afins, para conversarmos sobre o papel jogado ao lixo,
sobre as rotas alteradas, Sobre um tudo ou nada apenas.
Estar contigo nos momentos de exatidão e tornar fixo o nosso ainda
Gostar, tornando visceral nossas emoções contidas em nossas mãos
E sendo amantes não só no quarto amarelo, mais nos pálidos dias
De nossas vidas eternas e mundanas.


-Shirlena ferreira

Sesta

Há muito tempo que eu guardo no peito
As lembranças dessas manhãs
Em que a chuva caia no lago da praça,
com cheiro molhado De incenso jasmim
E as garças espalhadas de ninhos nas árvores
respingando no chão as gotas dos ares
E os barcos pintados brincando nas águas
Correndo nos leitos deitados nos rios, no meio dos prédios,
com seus Carros e buzinas exalam saudades dos bancos riscados
Dos casais ás tardes flertarem do cheiro, da cor
De ontem, de hoje do tempo
Saudades...


-Shirlena Ferreira
(foto: praça batista campos, belém Pará/ por shirlena ferreira)

sábado, 17 de abril de 2010

CLAMOR

Essa gente de pele escura guarda no peito ainda uma angustia
De um povo desigual, em que o sangue se torna azul
Em peles esbranquiçadas heranças de família.
Esses olhos, de cor avermelhada, de punhos feridos
Com suas costas açoitadas pelo ódio de uma raça sem credo,
Que não teme á um deus que talvez exista, ou não,
Não teme a revoltas, uma gente que suplica por justiça
E clama por união
Essa gente de pés descalços, que ainda sofrem nos asfaltos
A dor de um tempo moderno mais ainda retrogrado
Essa gente de cabelos enrolados, de um orgulho maltratado
Ainda tem amor
Essa gente por mais sofrida ainda, é heróica, é guerreira e faz de
Sua fé, de suas palavras, as suas armas, faz do seu sorriso
Um clarão de portas abertas...
O negro tem a força, que toda a humanidade necessita ter.
O negro tem valores, tem virtudes, tem sangue, senti dor
Tem cheiro, tem amor, tem um corpo que conta uma história
tem os lábios que contam suas marcas...
negro, negras, povo, gente.
Clamor.

 
-Shirlena Ferreira

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Luxúria

Faz-me feliz, que te dou a vida
Faz-me de infante, que a carne será tua
Faz-me viral, que minhas lacunas se perderam
Faz-me de uma poetisa, que minhas angustias
Deixaram de ser tuas
Faz-me de louca, que meus devaneios serão esquecidos
Faz-me embriagar, que o álcool empalidecerá
Diante de meu ácido estômago
Faz-me aveludar, num tom grave e meu suor se torne presente
Faz-me mulher na relva da selva
Faz-me de atriz, comova minhas lágrimas
Faz-me nu, num corpo acobertado
Faz-me de herói, num plano sem vida
Faz-me, faça-me, busca-me.



-Shirlena Ferreira


quinta-feira, 1 de abril de 2010

O Canto de Toya Jarina

toya...
princeza vinda de terras turcas
sereia das praias encantadas
lençóis do maranhão
quem és tu donzela irradiante
flor de um pé de dendê
toya, índia das matas dos encantes
moça graciosa e formosa
esbanjas o mel dos teus lábios por onde passas
seus lenços tão farceiros
que amplia olhares, num véu azul
com cânticos seus de roda
rebuscas riquezas tuas
Oh! princeza vinda das águas encantadas
bela, em teu silêncio, flor de uma cabaçeira
vindas dos escombros de navios negreiros
iluminada dos anéis da cobra grande
desfaleces-tes em mimos aos braços de teu pai...
toya, a rainha filha
luára enluarada
acobertada por um manto em seda ouro
de Catarinas a Marias...
filhas de um mesmo ventre
Jarina como flor
moça nobre, jóia fina
és o canto encantado
de uma terra já esquecida...



-Shirlena Ferreira